Cada Boletim da DGS dos últimos dias assinala mais mortos e um acréscimo do número de infetados. Trata-se de um novo máximo de novos casos em 24 horas, com a maioria (51,8%) a ter origem no Norte do Pais.
Afinal, sabíamos que esta nova “2.ª” fase viria com a abertura das escolas neste novo ano letivo, todos sabíamos que o número aumentaria, e todos sabíamos que não podemos parar a economia. Então, a pergunta que se impõe é: afinal, a economia do país afeta a advocacia?
Para responder a esta questão, e que para muitos até parece uma novidade, principalmente para alguns dos que recorrem aos serviços da advocacia, diga-se que o mercado da advocacia, como qualquer outro mercado, é afetado por oscilações de variáveis económicas, como nível do rendimento da população, gastos do governo, níveis de desemprego, inflação, entre tantas outras, como a diminuição das viagens e portanto dos negócios.
Logo, podemos dizer que sim, a economia do país afeta a advocacia.
Mas também há o reverso da medalha, ou seja, também deve-se destacar que em diferentes contextos económicos, incluindo cenários de grandes “turbulências”, vários ramos da advocacia apresentaram um franco crescimento.
Isso porque a crise de alguns setores da economia pode representar o surgimento de novas oportunidades. Veja-se o exemplo das empresas que necessitam de reajustamentos e que recorrem aos advogados especializados em recuperação judicial e das insolvências.
Seguindo a linha de raciocínio de que os momentos de crise económica também reservam oportunidades aos advogados, podemos citar como exemplo disso o acréscimo de ações voltadas a recuperação de devedores.
Em suma, a crise pandémica pode ser um período difícil para a advocacia, mas também pode ser uma oportunidade.
Cabe aos advogados definirem se querem agarrar esta oportunidade única para se mostrarem ao mercado como garantes aos seus clientes e perceber o que o mercado necessita ou, em contrapartida, ficar apenas pela “velha” advocacia.
Nós, advogados, temos de cuidar do negócio dos seus clientes! Nós vamos fazê-lo!