Com o avanço de tecnologia e especialmente o avança em áreas como a robótica, inteligência artificial e análise de dados, não só o mercado global sofreu alterações, mas também a estrutura e organização das empresas. Consequentemente, também os líderes dessas empresas têm de se ajustar rapidamente a esta nova realidade, demonstrando a sua capacidade de adaptação e evidenciando as suas competências mais relevantes. Quem se escusa a esta mudança, perde o comboio e fica para trás.
Desengane-se quem pensa que estes líderes terão apenas de supervisionar novos processos de automação…está em causa uma verdadeira mudança nas suas próprias funções!
No fundo os CEO do amanhã terão de mostrar a sua permeabilidade: liderando através de um equilíbrio entre a componente humana e a tecnológica; esta última em crescimento e em constante inovação. Aliás, para a rápida adaptação das estruturas empresariais, pode ser necessário criar novos cargos de liderança, como por exemplo o de responsável pelas questões de ética tecnológica.
Por isto mesmo, atualmente, mais importante do que atrair os mais qualificados, é manter os que já temos, não podemos esquecer que o “recrutamento mais caro é o de alguém que poderia ter ficado”. E aqui chegados concluímos que é fundamental um CEO dinâmico, atual e que conheça bem o propósito, missão e valores da empresa, de forma a fazer com que os colaboradores se sintam motivados. Só assim se aumenta a produtividade, que está por sua vez relacionada com a competitividade da empresa.
Portanto, nesta Era tecnológica, um líder deve ter determinadas características que lhe permitam aproveitar o capital humano à sua disposição. Desde logo é exigido que o líder olhe para a tecnologia e consiga não apenas reconhecer o seu valor mas também, o inverso, ou seja, consiga garantir que os seus trabalhadores conseguem ficar offline e utilizar as tecnologias de forma responsável. Mas não só. Uma das grandes características dos líderes, que deve ser fomentada é a capacidade de delegar. Ao orientar os recursos, estimulando a colaboração e dando-lhes confiança e autonomia na tomada de decisões. Só assim é possível obter melhores resultados, ficando o CEO livre para outras questões.
Mas na nossa opinião, a característica mais importante de um líder é ser construtor de confiança, confiança essa capaz de mobilizar as massas. É preciso que o CEO seja fiel a si mesmo, seja autêntico e verdadeiro, que acredite no projeto e o demonstre não só por palavras, mas por ações também. O que implica que o líder esteja sempre atual e disposto a aprender. Só assim se cria um ambiente em que as pessoas se sentem respeitadas e confortáveis para crescer.
Com a mudança de paradigma nas empresas, graças à tecnologia omnipresente os líderes de amanhã, preparam-se hoje.