A taxa média de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) em África foi de 3,4% no período entre 2010 e 2021, de acordo com dados do Banco Africano de Desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, o poder de compra médio em África deteriorou-se devido à inflação, que se acelerou na última década. Para além dos desafios da governação, a realidade das economias africanas é que os períodos de otimismo foram frequentemente interrompidos por choques externos, como a Covid-19, a guerra da Rússia na Ucrânia, entre outros, que conduziram a uma tendência de abrandamento das taxas de crescimento do PIB em poucos anos. Esta doi a conclusão do relatório do Banco de Desenvolvimento Africano.
A questão está a ser discutida na região.
A Comissão da União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento e a Agência de Desenvolvimento da União Africana – Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (AUDA-NEPAD) uniram forças num estudo para destacar as principais ações necessárias para colocar cada país africano na via de um crescimento anual sustentado do PIB de 7 a 10% durante o período de implementação da Agenda 2063 nos próximos 40 anos.
Espera-se que o relatório preliminar desta reflexão seja discutido nos próximos Encontros Anuais do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, agendadas para 22 a 26 de maio de 2023 em Sharm el-Sheikh, no Egito.
O evento reunirá especialistas mundiais e africanos em crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável, o que nos leva a aguardar pelas conclusões, mas uma é certa, será o continente do futuro, com múltiplos desafios nomeadamente estimulando o crescimento económico e reduzir as questões da pobreza.