A Vacinação em África e os Novos Tempos

Há mais pessoas nos países ricos que agora receberam uma terceira dose do que há pessoas nos países mais pobres que receberam a primeira dose. Isto é um facto!

Mas nos países ricos – principalmente os da Europa – ainda não perceberam bem que as trocas comerciais entre a Europa e África também dependem da solidariedade para com esses países.

Segundo dados recolhidos, as estimativas – para mim demasiado otimista – da OMS sugerem que levará até maio de 2022 para que a cobertura da vacinação na África chegue a 40% da população do continente, e até agosto de 2024 para que seja possível imunizar 70% das pessoas.

Infelizmente – espero estar redondamente enganado – apenas em 2025 se conseguirá imunizar 70% da população africana.

E penso isto por duas razões: primeiro porque há outras doenças que ainda assolam esses países e o seu perigo está mais divulgado como a malária, HIV – Sida etc.

E segundo, porque nas populações menos iletradas e menos desenvolvidas e mais recônditas de África, ainda há muita superstição e dúvidas sobre a medicina moderna, quanto mais em ser inoculado.

A solução será antes da inoculação e da doação de vacinas, educação das populações, fazer uma campanha em massa sobre o benefício da vacinação.

Mas se por outro lado, fizermos a campanha, não teremos vacinas para inocular. Será isto a fatalidade de África. Não!

África precisa de todos, mas todos precisamos de África. A população mais jovem está naquele continente, muitos deles ávidos pelo conhecimento. Formando os jovens, formaremos melhor países e cidadãos mais bem preparados e conhecedores dos seus países.

África hoje precisa de quem cuida da educação e por isso ser vacinado é educar a população.

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