Segundo o último inquérito efetuado pela Ordem dos Advogados, a esmagadora maioria dos advogados portugueses (88,6%) diz que vai perder rendimentos devido à pandemia de Covid-19, com mais de um terço a apontar para uma quebra total face à remuneração habitual.
Isto faz-nos pensar que os advogados, enquanto classe, ainda não perceberem que temos que estar mais unidos que nunca e cada vez mais temos que ter escritórios parceiros e muito especializados.
É está a minha opinião. Cada vez mais unidos e especializados. A era das grandes estruturas parece-me que tende a se repensada. Cada vez mais temos que nos unir.
Por outro lado, tornou-se claro que a advocacia precisa de um ar fresco no sentido de garantir o equilíbrio entre a experiência acumulada e as novas tendências tecnológicas muito mais próximas dos jovens advogados.
Lembro-me daquele nosso colega de 70 anos em plena forma intelectual e física, mas que pede sempre aos jovens para lhe colocar a password do Wi-Fi do seu escritório. Sentia-se um estranho no seu escritório.
Ora, a adaptação dos escritórios nesta era terá de ser tecnológica, mas também de entre ajuda.
Um outro desafio será a quantidade de novas áreas do direito a nascer com esta nova realidade. Nunca se falou tanto de compras a distância, de direito ambiental, etc.
Temos que ser, cada vez mais, especializados e assim haverá seguramente lugar para todos especialmente para os mais jovens advogados.
Aliar a esperança da juventude com a experiência dos mais velhos é um equilíbrio difícil, mas que tem de ser percorrido esse caminho.
Não podemos parar! Mas temos que ser criativos. Nunca devemos cristalizar no nosso cantinho pois hoje também somos cidadãos do
Mundo mesmo ficando no nosso escritório.
A advocacia hoje pode ser exercida em qualquer parte do mundo… Mas não saindo do nosso escritório. Para isso a revolução já chegou! É preciso agarrá-la já…