No último artigo falei do novo conceito jovem e dinâmico de start up, e na digitalização, pois hoje, teremos que falar num tema conexo, embora muitos de nós não damos importância: investir em capital humano
O Banco Mundial tem um projeto global que se denomina “Human Capital Project” e que passa por um esforço global para apressar mais e melhores investimentos em pessoas para maior equidade e crescimento económico.
Pode-se perguntar: Por que os países deveriam investir em capital humano? Os cuidados de saúde e educação precoces podem preparar as crianças para serem bem-sucedidas e prosperarem como adultos num mundo em rápida mudança?
Ora, uma consequência básica em investir nas pessoas é esta: dá-lhes confiança pois quanto mais sabem, mais confiança têm em si e no outro.
E o que tem isso a ver com a advocacia? Tem tudo.
Ora, os advogados “vendem” competência (saber) e confiança e, portanto, quanto mais saber o jovem advogado tem, mais confiança em si terá e demonstrará ao seu cliente.
É nessa relação de cliente/advogado que se alicerça uma relação de confiança, tendo como pilar: o saber.
Daí que nunca se sabe tudo e aprende-se sempre.
É fundamental transmitir às gerações mais jovens, que a transformação digital é essencial, mas a relação pessoal de confiança não pode estar por detrás de uma qualquer máquina digital ou no mundo virtual.
Os negócios virtuais são feitos de homens e mulheres e esses precisam de ter confiança nos advogados que com o seu saber, terão de transmitir a confiança a quem os procura.
Portanto, em conclusão: Numa era digital, investir cada vez mais em capital humano faz todo o sentido e é mesmo essencial para o desenvolvimento económico de um país.